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A área de TI em geral, seja desenvolvimento, infraestrutura ou gestão, está em constante evolução e atualização. A cada semana, uma linguagem nova, um novo equipamento ou mesmo uma nova maneira de se conduzir o ciclo de vida de um software são criados. E isso é algo simplesmente fantástico! É um verdadeiro privilégio ter a oportunidade de trabalhar com algo que pode proporcionar um aprendizado constante durante praticamente toda a vida profissional.
Mas, por que a área de TI parece ter essa sede de renovação constante? E como esse ritmo frenético pode afetar os, profissionais da área?
A presença da Tecnologia da Informação vem se consolidando em praticamente todas as áreas do conhecimento
Hoje, praticamente qualquer tipo de negócio depende de software e hardware: desde a quitanda da esquina, que precisa de um computador e um software para emissão de cupons e notas fiscais, até uma empresa que atue a nível mundial.
Isso acabou acontecendo porque, com o tempo, foi possível notar os inúmeros benefícios que a automatização e controle que sistemas de informação (o que inclui toda a parte sistêmica, de infraestrutura e até mesmo a parte de gestão desses sistemas) poderia trazer para os diferentes processos. A informática, que antes era restrita ao meio científico-militar, poderia auxiliar as pessoas até mesmo nas tarefas rotineiras!
Esse fato trouxe uma consequência interessante: a tradicional Informática se viu obrigada a se renovar e se adequar a inúmeras novas situações para as quais ela não foi inicialmente desenvolvida. O que se viu como consequência foi um grande “boom” de inovação. Muitas tecnologias e dispositivos de hardware, alguns deles inclusive utilizados até hoje, foram criados graças a essa necessidade de adequação à nova realidade onde a Informática estava se inserindo: o mercado empresarial e doméstico.
As diferentes áreas de negócio continuam a evoluir…
A grande questão é que essa evolução e mutação perdura até hoje… O mercado exige isso: quem não se renova, está simplesmente condenado ao fracasso. E a Informática em geral, por ter adentrado neste nicho, também precisa de alguma maneira seguir esse ritmo frenético de inovação para continuar como uma ferramenta de apoio eficiente e eficaz.
Mas a Informática pode fazer muito mais…
A evolução da Informática e da Tecnologia da Informação atingiu um grau tão expressivo que a grande maioria das pessoas percebeu que as ferramentas de tecnologia da informação podem ser muito mais que simples ferramentas de apoio. Elas podem ser muito bem o núcleo dos negócios, ou pelo menos uma parte do núcleo destes. Se as ferramentas tecnológicas podem fornecer confiabilidade e segurança de maneira muito mais efetiva e performática aos diferentes negócios, por que não fazer com que estes girem em torno das ferramentas de tecnologia da informação?
Com isso, a Tecnologia da Informação encontrou novos desafios: como fazer com que seja possível com que um aparato tecnológico formato por software e hardware possa controlar todo o processo de uma fazenda, um mercado ou mesmo o controle da injeção eletrônica de um carro?
O ferramental ligado à Tecnologia da Informação tem que tomar mais impulso ainda para evoluir mais e mais para acompanhar todas estas responsabilidades.
E como gerenciar todo este poder?
Ferramentas de tecnologia da informação se tornaram um ponto importantíssimo na estratégia de mercado, vindo a ser verdadeiros ativos (o que muitos chamam de “ativo tecnológico” hoje). Todos esses conjuntos de tecnologias, softwares e hardwares têm poder suficiente para até mesmo derrubar uma empresa global em um curtíssimo espaço de tempo, seja intencionalmente ou por causa de uma falha. Imagina uma empresa que não consiga transmitir uma nota fiscal, uma planta industrial onde os PLCs não se integram aos sistemas de gestão ou, pensando em um caso mais extremo ainda, um míssil com um sistema de correção de trajetória defeituoso? Hoje, sistemas da informação comandam a maior parte da geração de riquezas (e também, eventualmente, os prejuízos) no mundo inteiro… Ter um controle eficaz sobre como estes diferentes sistemas funcionam e conversam entre si é parte vital do processo.
Tudo isso fez com que não somente os artefatos de hardware e software evoluíssem: a gestão de toda essa estrutura também precisou evoluir para acompanhar este novo cenário. Hoje, podemos ver que saímos de poucas opções um pouco mais burocráticas como o RUP e a metodologia waterfall para uma variedade enorme de metodologias e frameworks de gestão de tecnologia da informação. Scrum, ITIL, Kanban e XP são apenas alguns exemplos de novos frameworks de gestão que foram criados para que fosse possível acompanhar toda essa evolução dos sistemas de informação.
As ferramentas de tecnologia da informação revolucionaram, revolucionam e ainda vão revolucionar bastante o mundo!
Hoje, é muito claro a rapidez e eficiência que as ferramentas computacionais podem acrescentar a qualquer processo de qualquer área de negócio e/ou conhecimento. Essa rapidez toda, hoje é uma das grandes responsáveis pela necessidade de imediatismo que todos nós vivenciamos no dia-a-dia, o que é muito bom, mas prejudicial algumas vezes.
O ditado “tempo é dinheiro” pode ser perfeitamente empregado nessa situação. Como todo esse aparato tecnológico pode economizar tempo de maneira significativa, tornando o negócio mais ágil e competitivo; todos hoje querem extrair o máximo das potencialidades que a Tecnologia da Informação de maneira geral tem a oferecer. E isso, mais uma vez, impulsiona mais ainda a evolução de softwares, hardwares e metodologias, para que os processos fiquem cada vez mais rápidos e poderosos.
A evolução trouxe novas possibilidades
A evolução cada vez mais rápida, tanto se tratando de linguagens e frameworks para desenvolvimento de software, como também se tratando dos mais diferentes aspectos de infraestrutura e a gestão integrada de TI; fez com que coisas inimagináveis pudessem se tornar relativamente tangíveis para a maior parte da população. Não é um absurdo hoje falarmos sobre a análise de petabytes de informação para um apoio mais refinado ainda a tomada de decisão graças à Big Data e suas tecnologias adjacentes. Hoje, linguagens de programação evoluíram a tal nível que conseguem processar dados de maneira muito mais efetiva sem prejudicar a performance, graças aos conceitos de Cloud Computing, escalabilidade, imutabilidade de dados e outros. Hoje, não é estranho falar na transferência de quantidades enormes de informação em poucos segundos entre duas extremidades do mundo graças à criação de novas tecnologias de hardware, como a fibra óptica, a transmissão de dados via rede elétrica e os equipamentos de rede inteligentes e auto gerenciáveis.
Também não é estranho falar sobre previsão de erros de software e garantia de qualidade de softwares que processam informações à nível global graças a novas técnicas de gestão do ciclo de vida das ferramentas computacionais, como as técnicas de Integração Contínua e as Metodologias Ágeis… E é perfeitamente plausível falar que a Tecnologia da Informação de maneira geral de hoje é muito diferente da que estava presente há dois anos atrás! Há dois anos atrás, não se falava tanto de BigData ou IoT, por exemplo. Na verdade, nem precisamos ir tão longe: a Tecnologia da Informação que era praticada semana passada já ficou defasada nessa semana! É só ver o RCS, a nova tecnologia de comunicação criado pela Google que vem para substituir o SMS…
E quando isso vai parar?
Isso simplesmente não vai parar. Cada vez mais, as tecnologias irão evoluir para se adequarem cada vez mais à nova realidade e se tornarem mais competitivas no mercado. E essa questão de uma tecnologia ser competitiva no mercado é uma questão mais que importante! Só o mercado de tecnologia da informação brasileiro movimentou US$ 59 bilhões no ano de 2015, segundo a ComputerWorld. E com toda essa movimentação, o Brasil é ainda o 7° maior mercado para TI no mundo!
O mercado de tecnologia da informação é um dos poucos que passou de maneira relativamente tranquila à crise mundial que assola algumas regiões do mundo desde 2008 (inclusive o Brasil no momento). As empresas vêm se conscientizando cada vez mais do valor agregado que a tecnologia da informação traz.
Com um mercado tão efervescente, é mais que natural que as tecnologias de diferentes empresas briguem entre si para definir suas respectivas fatias desse mercado tão lucrativo. Com essa competição, também é natural que algumas tecnologias saiam vitoriosas e outras simplesmente sumam do mapa. Também é mais que comum uma tecnologia ser considerava relevante em um momento e pouco tempo depois ser simplesmente execrada pelo mercado.
O que podemos fazer como profissionais de tecnologia da informação?
Não resta muitas opções com relação a este fato: precisamos estar sempre antenados com as mudanças de paradigmas e tecnologias que o mercado em geral assume.
Temos sempre que ter maturidade para nos lembrarmos de que o que nós aprendemos e sabemos não é uma verdade absoluta. Muito pelo contrário: o conhecimento é algo muito volátil na área de TI. E é por isso que temos que sempre estar procurando nos atualizar como profissionais desta área. Caso contrário, corremos o sério risco de sermos punidos pelo próprio mecanismo do mercado, quer seja com remunerações mais baixas ou até mesmo com a falta de oportunidade de empregos. É fácil pensarmos nesse cenário: Clipper, por exemplo, foi muito famoso e utilizado nos anos 80. Hoje, é uma linguagem morta. Ainda existe necessidade de desenvolvedores Clipper, mas em projetos extremamente pontuais e raros. Agora, imagine se você soubesse somente Clipper e não tivesse corrido atrás de aprender outra linguagem lá atrás? Como você acha que a sua vida profissional (e até mesmo a pessoal) poderia estar neste momento?
Logicamente existem algumas exceções no mercado com relação ao mercado. Uma muito conhecida e citada é o Cobol. Mas é importante frisar: isso é uma exceção, não uma regra. A atualização de conteúdo e conhecimento por parte do profissional de TI tem que ser constante.
Mas é muita coisa para estudar ao mesmo tempo…
Sim, isso é verdade… E é super comum nos perdermos na hora de traçarmos nossos planos de estudo e de atualização: é hora de estudar Node.js, Golang ou Elixir? Ou será que é hora de estudar Docker? Ou melhor ainda, será que é hora de estudar Redis ao invés de Oracle? E o que é melhor estudar: Windows Server 2016 com seu Hyper-V ou Slackware? E que metodologia utilizar: Scrum puro ou acompanhado com o ITIL?
Essas dúvidas hoje são comuns justamente por causa do protagonismo que a área de TI tem no mercado em geral. Como ela abraça praticamente todas as outras áreas de negócio e do conhecimento, também temos as mais variadas tendências em cada um dos mercados no que diz respeito à tecnologia.
Nesse momento, é importante que você sempre foque no que você acha mais importante aprender. Tenha calma, respire e se lembre que é impossível aprender tudo ao mesmo tempo… Para tomar a decisão de que caminho afinal de contas tomar, pese sempre alguns fatores, como a sua área de atuação (você atua mais como desenvolvedor, DBA, analista de infraestrutura ou um gerente de projetos?) e também as tecnologias que estão em alta no mercado no qual você está inserido, além também de sempre levar em consideração a sua afinidade com cada uma das tecnologias. Por exemplo: se você trabalha no meio científico e precisa trabalhar com mineração de dados, faz muito mais sentido você estudar R e Python do que Golang, por exemplo. As três tecnologias citadas estão muito em alta, mas cada uma delas é mais adequada para um nicho do mercado. É essa relação entre o nicho da tecnologia e o nicho de mercado no qual você está inserido que você deve pesar ao decidir o que estudar. Agora, conhecimento nunca é demais! Nada impede você de estudar Golang mesmo trabalhando com computação científica… Mas aqui, queremos falar mais sobre o foco principal. Conhecimento não é algo mutuamente exclusivo, então, seus estudos também não precisam necessariamente seguirem essa linha de exclusividade.
Ter boas referências técnicas que estejam alinhadas com o mercado (como ocorre com nossos cursos aqui no TreinaWeb) também é fundamental. Nessas horas, com a correria do dia-a-dia, cursos na modalidade EAD podem se tornar uma opção muito interessante. Não à toa, em 2017, o ensino à distância cresceu 3,9% no Brasil, ao passo que o ensino presencial teve uma taxa menor, de 2,3%, segundo a Agência Brasil.
É nítido de que nós, como profissionais de TI, devemos ter a consciência de que nossa caminhada profissional vai ser uma eterna corrida atrás de novos conhecimentos. Com a mutabilidade do mercado, mutabilidade essa que é especialmente acentuada no mercado de Tecnologia da Informação, o conhecimento acaba tendo um prazo de validade em alguns pontos, prazo este que é inclusive relativamente curto. Para uma caminhada de sucesso, devemos sempre ter a humildade de reconhecer que sempre temos algo novo e melhor para aprender, e que precisamos correr atrás disso… Quanto mais essa mentalidade for incorporada ao nosso dia-a-dia, mais sucesso profissional e, consequentemente, pessoal, poderemos obter para a nossa vida!
Ah, se você quiser, sinta-se mais que convidado a dar uma olhadinha no portfólio de cursos do TreinaWeb. Estamos aqui justamente para lhe auxiliar nessa caminhada! 🙂