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Contratar um profissional da área de tecnologia tem sido uma árdua tarefa para empresas e responsáveis da área de recursos humanos.
As dificuldades vão desde compreender as funções exercidas por cada profissional até onde encontra-los. O dinamismo com que o setor tecnológico movimenta-se é muito maior que as áreas “tradicionais” do mercado.
Mas, muito antes de descobrir o que fazem, é preciso conhecer esse profissional desenvolvedor. Desde a sua formação até os anseios profissionais e pessoais.
A Vulpi traz hoje, uma leitura de uma pesquisa realizada pela freeCodeCamp que traça exatamente o perfil dos desenvolvedores através de um estudo qualitativo.
Vamos ressaltar que: a pesquisa “ouviu” mais de 20 mil desenvolvedores de todo o mundo. Foram desenvolvedores, a maioria de fora dos Estados Unidos, que estão codando (termo usado para “escrever códigos), pelo menos, nos últimos 5 anos.
A análise da pesquisa, com certeza, trará uma nova visão sobre os desenvolvedores e poderá ser um novo norteador para os processos de recrutamento das empresas que buscam os melhores profissionais.
Quem é o desenvolvedor
O profissional desenvolvedor, assim como quase todos do mercado de tecnologia, ainda é uma pessoa desconhecida pela maioria das empresas de recursos humanos, por mais que já tenha anos que estamos trabalhando com tecnologias.
Como estamos falando de uma área nova no mercado, acredita-se que esses profissionais sejam os jovens, a geração YZ. O que não é errado, porém, a pesquisa da freeCodeCamp aponta que eles já não são tão jovens como se pensa. A idade média dos desenvolvedores é de 28 anos.
Qual a escolaridade do desenvolvedor
Com relação aos estudos, temos alguns dados surpreendentes e outros que fazemos a leitura comparando outros dados da própria pesquisa.
Considerando a idade média de 28 anos, podemos supor que o profissional tenha passado por uma graduação. Isso, levando em conta que, supostamente, o desenvolvedor tenha concluído o ensino médio e dado início a um curso superior. E a pesquisa mostra que 54% possuem uma graduação ou titulação maior.
Apesar do dado, por um lado até óbvio, outro tópico da pesquisa traz um ponto de observação interessante: a maioria dos novos desenvolvedores não estuda ou não formou na área de tecnologia.
Foram citados 485 cursos diferentes, na formação desses profissionais. Um dado curioso é, por exemplo, ter mais pessoas em formação na área de Economia do que na área de Engenharia de Software e Programação. À frente desses, há ainda os que estão na Engenharia Elétrica e Eletrônica.
O lado profissional do desenvolvedor
No que tange ao profissional, a pesquisa traz alguns dados que podem surpreender muita gente e desmitificar a imagem do desenvolvedor.
Muito se fala que profissionais na área de tecnologia não se prendem às empresas, são instáveis com relação a cargos e são apegados a uma cultura “de desapego”.
Criou-se uma imagem que esses profissionais almejam somente empresas com uma cultura corporativa “mais jovem”: no dress code, horários flexíveis, possibilidade de trabalho remoto dentre outros supostos “benefícios”.
Onde o desenvolvedor quer trabalhar
A pesquisa mostrou que o desenvolvedor, assim como qualquer bom profissional, deseja trabalhar em uma empresa que proporcione um crescimento profissional, não somente bajule os funcionários.
O desenvolvedor e outros profissionais de tecnologia têm a imagem associada a um trabalhador de startup. Talvez pela coincidência do boom dos profissionais e do modelo de empresa, acredita-se que há uma preferência pelo trabalho em pequenas empresas. E aí, a pesquisa mostra o contrário.
Dos mais de 20 mil profissionais que participaram da pesquisa, 35% preferem trabalhar em empresas de médio porte e em multinacionais (22% e 13%, respectivamente). Ou seja, o desenvolvedor deseja ter também uma estabilidade e almeja uma carreira ascendente.
Home office
Como dito acima, a visão de que o desenvolvedor é um “bicho solto” é equivocada. Quase sempre, tenta-se convencer o profissional oferecendo a possibilidade de trabalhar de casa. Mas, nem sempre é isso que o desenvolvedor deseja. Oferecer um ambiente propício para o seu trabalho é muito mais interessante.
Na pesquisa, ao questionar a preferência de local de trabalho, a metade dos desenvolvedores responderam preferir trabalhar em um escritório junto a outros profissionais. Apenas 19% preferem trabalhar de casa. Então, antes de pensar em oferecer ao candidato a possibilidade de trabalhar longe de sua empresa, por que não criar um ambiente inspirador para todos profissionais?
A opção de home office é, sim, interessante. Desde que seja posta de forma moderada. Acordar com o funcionário alguns dias para que ele tenha a opção de trabalhar de casa, mostra que a empresa tem flexibilidade e diálogo com os profissionais.
Porém, impor um trabalho remoto, de forma contínua, pode gerar desconforto, uma vez que os alguns desenvolvedores preferem estar em contato com outros profissionais, em um ambiente propício para interação profissional.
Relocação profissional
Os desenvolvedores são profissionais que anseiam por novidades, por isso são pessoas sempre dispostas a ouvir novas propostas. Na pesquisa, 77% dos entrevistados disseram estar dispostos a uma relocação profissional. Não entenda isso como descompromisso, mas veja como profissionais propícios à mudança.
Oferecer uma relocação profissional está muito além da mudança de espaço físico, às vezes, umas mudanças na cultura corporativa, nas relações profissionais podem suprir a necessidade de mudar de empresa. Faça com que o novo esteja sempre presente no seu ambiente de trabalho.
Caso você ainda veja o desenvolvedor como um profissional despreocupado, a pesquisa mostrou que os desenvolvedores têm um senso de urgência, sim. 46% dos entrevistados pretendem começar a trabalhar na área em até 1 ano.
E lembre-se: grande parte deles almeja trabalhar em empresas de, pelo menos, médio porte.
Outros dados sobre os desenvolvedores
No post, mostramos alguns dados para nortear seu processo de seleção, mas a pesquisa tem alguns outros aspectos interessantes:
– Grande parte dos desenvolvedores interage com a comunidade através de plataformas digitais (como a própria freeCodeCamp);
– Apesar da preferência em trabalhar em um escritório, em contato direto com outros desenvolvedores, os profissionais não possuem um ávido interesse em eventos presenciais. Em comparação à interação digital, podemos dizer que é pequena a participação dos profissionais em eventos.
– Full Stack, Front-End e Back-End são as áreas com mais interesse por parte dos desenvolvedores. Apesar do amplo interesse na área de desenvolvimento para a web, há um interesse muito grande em uma ampla variedade de especializações.
Esses foram os dados que escolhemos para apresentar o profissional desenvolvedor e auxiliá-los no processo de recrutamento. Vocês podem conferir a pesquisa completa (em inglês) aqui!
O que acharam do post? Não deixem de comentar se a pesquisa elucidou alguns conceitos para vocês e como ajudará na contratação de desenvolvedores.
E, se você quiser mais dicas, não deixe de seguir a Vulpi nas redes sociais, ler o nosso blog e, claro, para encontrar o melhor desenvolvedor, conheça a nossa plataforma!