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Hoje, as empresas vivem um sério problema de choque cultural, consequência das novas funções que a tecnologia e as mudanças de comportamento decorrentes trouxeram para o ambiente corporativo.
Práticas consagradas no trato com funcionários já não funcionam e geram insatisfação, prejudicando a produtividade e acarretando, muitas vezes, perda de mão de obra qualificada.
Quando trata-se de desenvolvedores, esse choque cultural acentua-se. Os desenvolvedores são uma categoria profissional jovem, em permanente processo de expansão, com convicções e comportamentos diferentes do trabalhador tradicional.
Desenvolvedores são, acima de tudo, autônomos. Mesmo empregados, estão permanentemente em contato com o desafio de ampliar seus horizontes profissionais. Precisam de liberdade e um ambiente favorável ao desenvolvimento, são movidos por desafios.
O que oferecer a esses desenvolvedores?
Para um mercado de trabalho tradicional, com uma interação de recursos humanos tão padronizada, pode não ser tão fácil lidar com esses desenvolvedores.
As pesquisas realizadas para tentar entender como os desenvolvedores pensam, o que querem e como atraí-los, mostram que suas prioridades profissionais são: o aprendizado de novas tecnologias, o desenvolvimento de algo novo, o aperfeiçoamento de algo existente e a participação nas decisões relativas aos produtos.
Sendo assim, é preciso que o ambiente de trabalho seja um estímulo à criatividade. Aos desenvolvedores é recomendável que se disponibilize uma variedade de tecnologias de desenvolvimento.
Tentar limitá-los ao uso de uma única tecnologia inibe sua criatividade e pode desestimulá-los com relação ao projeto. O contrário os deixará entusiasmados e ainda poderá ajudá-los a desenvolver um aprendizado que irá qualificar o trabalho e os resultados.
É claro que lidar com esse tipo de profissional é algo complexo no início, uma vez que trabalhar em projetos antigos e depurar códigos faz parte da demanda por mão de obra e alguém precisa realizar as tarefas para não imobilizar o produto.
Sendo assim, a solução é diversificar as tarefas, dividindo aquelas que implicam criação de algo novo.
Desenvolvedores são autônomos
Além de serem comprometidos com o próprio desenvolvimento e gostarem de seguir suas próprias fórmulas, os desenvolvedores são sensíveis ao projeto e sua finalidade.
Na hora de contratar, é fundamental que a empresa saiba vender bem qual a sua missão e o que pretende entregar de verdade com seus produtos, em termos de benefícios para as pessoas. Os novos profissionais gostam de estar ligados a projetos úteis.
Não será, também, o fato de estar no escritório da empresa que os fará trabalhar melhor. Assim como outros profissionais, o mais importante é o ambiente favorável ao desenvolvimento, onde não haja distrações.
Muitas vezes, o lar doce lar será o melhor lugar para produzir. Já a montagem de um escritório tem como vantagem permitir que o profissional molde o espaço às tarefas que nele irá realizar, enquanto em casa nem sempre isso é possível.
Além disso, trabalhar com profissionais através da tecnologia remota multiplica em muitas vezes o leque de opções, já que é possível trabalhar com desenvolvedores de qualquer parte do mundo.
Psicologia do desafio
Já foi abordado que desenvolvedores são movidos por desafios e que neles está a sua satisfação. Nem sempre, porém, a empresa pode entregar esse desafio em forma de novos projetos. Como, então, engajar esses profissionais?
Uma boa forma é deixá-los cientes de quais os desafios da empresa e como o papel deles é importante para que esses desafios sejam superados. É como se a empresa perguntasse ao seu profissional o que ele pode fazer para ajudá-la a superar o desafio: O que pode ser melhorado?
Tão importante quanto oferecer benefícios e vantagens ao profissional é saber o que o motiva e trabalhar esse fator ao seu favor! Estimule o profissional desenvolvedor, mas esteja ciente de outros fatores que possam influenciar no desempenho profissional!